Moradores de assentamentos rurais se tornam Técnicos em Meio Ambiente
Trinta e um jovens e adultos moradores de assentamentos rurais localizados na região sul do estado concluíram o curso Técnico Subsequente em Meio Ambiente ofertado pelo campus Laranjal do Jari do Instituto Federal do Amapá (Ifap), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A solenidade de certificação ocorreu no dia 24 de março, em cerimônia realizada no ginásio do campus Laranjal do Jari. Os estudantes que participaram do curso são provenientes dos projetos de Assentamento Agroextrativista Maracá, Assentamento Agroextrativista Foz do Mazagão Velho, Projeto Casulo Maria Nazaré Mineiro e Reserva Extrativista do Rio Cajari.
O curso foi realizado graças à assinatura, em 2014, pelo Ifap e pelo Incra, de um Termo de Execução Descentralizada, a fim de fortalecer a educação nas áreas de Reforma Agrária. A escolha do curso Técnico em Meio Ambiente considerou a ocorrência na região de áreas protegidas, a exemplo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável no rio Iratapuru, Reserva Extrativista do Rio Cajari, Estação Ecológica do Jari, Terra Indígena Waiãpi e do Tumucumaque e ainda parte do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. As aulas foram realizadas no campus do Ifap e na Escola Municipal do Assentamento Nazaré Mineiro.
Para Antônio Carlos Pereira, um dos novos técnicos formados pelo Ifap, o curso proporcionou mais conhecimentos necessários para a preservação da floresta amazônica "É muito bom ter um curso como esse oferecido pelo Ifap e Pronera, porque traz conhecimento técnico para os nativos. Isso junto com o conhecimento que a gente já tem vai ajudar a continuar preservando a floresta amazônica". Além disso, destacou, o curso deu oportunidades a muitos jovens como ele que haviam terminado o ensino médio e não haviam conseguido ingressar em um curso superior, ampliando as chances de emprego. "Eu já fui sondado por algumas empresas para começar a trabalhar, porém só faltava o certificado de conclusão do curso", contou.
Por Suely Leitão, jornalista da Reitoria
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