Projeto do Programa Empodera Mulher leva formação política e empreendedorismo a comunidades agroextrativistas do Laranjal do Jari
Encerramento do projeto em Água Branca do Cajari
Quilombo São José, Padaria, Santo Antônio da Cachoeira e Iratapuru são comunidades agroextrativistas localizadas no município de Laranjal do Jari que receberam, através do Programa Empodera Mulher, o projeto de extensão “Formação Política e Empreendedora de Lideranças Femininas”. As atividades, encerradas no último dia 8/6, buscaram fortalecer o trabalho em rede, o compartilhamento de experiências e saberes entre as mulheres que possuem como fonte de renda o plantio, a colheita e a venda da castanha-do-pará.
De acordo com a coordenadora responsável pelo projeto, Letícia Barriga, o projeto visou compreender as principais demandas apresentadas pelas mulheres agroextrativistas das quatro comunidades, além de estabelecer uma rede de experiência e apoio mútuo entre elas. Em formato de oficina, as ações proporcionaram às participantes a formação política e de empoderamento feminino, empreendedorismo sustentável e alternativo, formação básica de internet e informática e elaboração de projetos.
Projeto reuniu mulheres de quatro comunidades localizadas ao longo do Rio Jari
“Trabalhamos, junto a essas mulheres, o conceito de ‘rede’ em três sentidos: primeiro, ‘rede’ como elemento cultural dos povos da Amazônia, centralizando a cultura e o protagonismo das mulheres extrativistas; em um segundo sentido, ‘rede’ como elos, como conexões entre as mulheres extrativistas, como fortalecimento político e social das mulheres extrativistas em rede; por último, ‘rede’ da internet, como empoderamento das mulheres ao acesso e domínio da internet como ferramenta importante para a sua autonomia”, relatou Letícia.
O encerramento do projeto aconteceu no último sábado, 8/6, no distrito de Água Branca do Cajari junto as mulheres que compõem a Associação de Mulheres Agroextrativistas do Alto Cajari (Amac). “A Amac tem 20 anos de existência e foi fundamental proporcionar um intercâmbio entre elas porque é uma realidade que as agroextrativistas do Rio Jari ainda não possuem. Então, viabilizamos uma troca de experiência e saberes, mapeando semelhanças e diferenças para construir uma forte rede”, ressaltou Letícia.
Rede tecida por mulheres agroextrativistas que representa as ações do projeto
Simbolizando o conceito de "rede" apresentado durante as ações do projeto, cerca de 45 participantes teceram uma rede de retalhos. Para Letícia Barriga, essa rede representou “sonhos e desejos de uma vida melhor para mulheres e meninas destas comunidades, retratando o que este projeto representa”.
“Foi um momento de aprendizado porque conseguimos nos informar de várias coisas que antes não sabíamos, que hoje, com esse curso, podemos ter uma noção do que podemos fazer pela nossa comunidade. Além disso, é uma maneira de trazer uma visão empreendedora para nosso dia a dia”, disse uma das participantes do Quilombo São José, Nilcelia Tavares.
Por Jacyara Araújo, jornalista do Campus Macapá
Seção de Gerenciamento da Comunicação Social do Campus Macapá
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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